sábado, 30 de outubro de 2010

Malahide

Acordei 10 horas, tomei um super café da manhã, banho (frio) e fui para Malahide. Eu já tinha ouvido falar que, dos lugares por aqui perto, é o mais bonito. Sabia que tem um castelo e isso por si só já é razão pra eu me tocar pro lugar...
Fui de trem (4,20) porque eu não me toquei que dava pra ir direto de ônibus. Malahide é um pouco mais distante que Howth, e como esse um vilarejo que deve ter evoluído do burgo que cercava o castelo com comércio e novidades.
E o castelo é mesmo o melhor do lugar. Apesar de pequeno, é lindo. O acesso para chegar nele é uma trilha cortando a floresta, que graças ao outono está coberta de folhas secas e laranja de plátanos. Esse castelo foi moradia da família Talbot, originários dos normandos franceses, por cerca de 800 anos. Por 7,50 (valor para adultos desprovidos da carteirinha de estudante) fizemos um passeio guiado pelos principais aposentos. Dá pra ver utensílios, mobília, roupas, sapatos, sofás, lustres, cadeiras de madeira e muito estilo rococó. O entorno do teto das salas de estar tem desenhos em alto relevo de pássaros, flores e frutas. O carpete é fofo. Uma pena que não dá pra fotografar lá dentro. No térreo do castelo funcionam um restaurante e uma lojinha, que empresta apostilas com a tradução da explicação da guia em vários idiomas. Dá vontade de comprar tudo na lojinha. Fotografei as coisas de que mais gostei, porque tem tudo igual nas lojas Carrols aqui do Centro e vou comprar mais perto da data de voltar.
Como um dos últimos Talbot foi diplomata na China e no Egito, alguns tapetes e objetos são oriundos desses países. É muito legal estar ali, entre as mesmas quatro paredes em que já viveram gerações de uma época tão diferente. Um dos Talbot se interessava por jardinagem e isso fez com que tivessem uma extensa área em frente ao castelo destinada a jardins de passeio. Hoje, parte desta área virou campo de golfe e quadras de tênis.
Andando pela vila achamos uma papelaria (ainda não encontrei nenhuma em Dublin). Finalmente comprei um “liquid paper”, que tava procurando desde que cheguei, lápis e clipes. Mas a vila é tão bonitinha que dá vontade de ir morar lá. Eu gostaria de me mudar pra alguma cidadezinha bem interiorana e pacata depois que o curso terminar, em março. Tô achando tranquilo andar aqui em Dublin, mas ainda mantenho o hábito de me perder de vez em quando. Quinta depois da aula fui levar currículo em uma agência e, claro, me perdi pra voltar.
Voltar de ônibus foi legal não só pela economia (2,20) como também para aproveitar a vista. Vimos casas lindas. Parecem aquelas casinhas do mini-mundo, de Gramado. São Pedro colaborou mais uma vez. Apesar da chuva e do dia feio de ontem, hoje teve sol o tempo todo e não estava frio.
Na volta passei na feirinha aqui do lado de casa e comprei tomates, que aqui são pequenos e perfeitinhos, e maçãs. Na feira sai bem mais barato comprar frutas e verduras do que no mercado. É engraçado que na feira, ao lado das bancas de frutas e verduras, têm uma ou outra banca vendendo chocolate, como Kinder e Toblerone, por preços mais interessantes que no mercado também. Mas eu nunca tinha visto chocolate sendo vendido em feira. Só o que não é muito legal é que eles estipulam uma grande quantidade por determinado valor. Por exemplo, 5 pimentões por 1 euro. Mas não vale a pena comprar 5 pimentões de uma vez que estraga... E não deixam a gente escolher os produtos. Os feirantes que escolhem e colocam no saco, metade lindos, metade podres...
Essa igreja fica bem em frente à parada de ônibus. Achei parecida com aquela de Canela (RS)

 


Um comentário:

  1. Só uma pergunta idiota, mas é que vi vc comentar em outro texto já e tá me chamando a atenção...como assim, "banho frio"?

    PS: sim, eu sou a leitora mais pentelha do teu blog, já to até fazendo pergunta!! hahahah

    Bjuu

    ResponderExcluir