domingo, 10 de outubro de 2010

Comida

Ontem, pelo terceiro dia, não me deram jantar no restaurante. Eu tinha almoçado uma baguete e não fui no mercado. Quando cheguei em casa, não tinha nada pra comer. Daí comprei um miojo do Dario. Trabalhar em restaurante e chegar em casa com fome é “um abuso”, como diria o Bolivar. Pelo menos ontem o banho foi quentinho.
Hoje acordei ao meio dia e fui no Tesco comprar comida. Ainda consegui pegar o “reduce”, que são produtos que estão por vencer hoje que eles colocam numa prateleira lá por menos da metade do preço. Comprei uma salada de camarão, com cenoura, tomate, alface, pepino, milho e maionese. Um pote de bom tamanho por 1,35 euros. Misturei com uma massa e ficou lindo. Ainda sobrou pra outra refeição. Eu tava com muita fome. Passei a noite sonhando que estava no Babette, o restaurante em Santa Maria que a mãe e eu almoçamos sempre. Pena que não senti muito o sabor do camarão por causa da gripe.
Vou seguir procurando ap amanhã, que tenho folga do trabalho. Por enquanto nada de bom apareceu. Eu queria morar perto da escola ou numa parte de Dublin 8 próxima ao rio, que fica tranquilo pra voltar do trabalho à noite.
Não sei se foram os flyers que os guris tem entregue nas ruas e residências com propaganda do restaurante, mas ontem o Green Chilli bombou. E pra piorar o dono estava lá. Faltou gelo e cerveja. Sobrou pisadas do gerente nos meus pés e estresse dos dois, do gerente e do boss. Eu e a Debora saimos com os pés inchados de ficar horas de pé, correndo de um lado para outro. Hoje deve ser o dia do pagamento. Feliz!
Daqui a pouco já saio pro restaurante de novo. Hoje tá um dia de cara fechada aqui em Dublin, parece que já vai chover. Perfeito pra ficar à toa, vendo filminho, mas não dá. Na real, não tenho nenhum dia totalmente de folga, porque quando não tem trabalho, tem aula...
Por falar em filme, um dos últimos que vi em casa foi de um empresário americano que precisa ir pra Índia pra reduzir o tempo de atendimento da equipe de telemarketing que mantém lá. Eu to mais ou menos fazendo um intercâmbio pra Índia tb todas as noites. Assim como o empresário do filme, acho que também fico resistindo à cultura deles e chocada com as diferenças dos hábitos. Nunca pensei que eu ia trabalhar dentro da novela "Caminho das Índias". Com direito a trilha sonora típica tocando desde a hora que eu entro no restaurante. Já contei que a música ambiente lá é com fita K7? Então... A cada meia hora o gerente troca o lado da fita.

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