quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dia feliz

Consegui o dinheiro do depósito e do aluguel da casa que morei por aqueles dias. No fim, paguei 9 dias, 4 que estive lá e 5 perdidos porque já havia mudado de volta pra Egali House. Tava com medo de perder todo esse mês de aluguel. Thanks God! Daí já passei no banco e depositei parte da grana. Amo depositar na minha conta!
De tarde um amigo do Hudson esteve aqui e deu umas dicas sobre agências de empregos. Tô convencida que essa é a melhor forma de achar trabalho. E ontem o Ahmed me disse que a menina que está trabalhando nos finais de semana é na verdade a garçonete oficial, que estava de férias. Agora eu e a Débora só vamos trabalhar duas vezes por semana. Ou seja, achar outro emprego é a prioridade do momento.
Mais tarde veio aqui o dono do ap. Eu, bem metida, conversei com ele em inglês. Não perco uma oportunidade...

Esse é o Leprechaun, gnomo mascote da Irlanda. Apesar de antes de vir eu ter encontrado um monte de informações relacionando a Irlanda a mitos, lendas e crendices sobre seres míticos da natureza, desde que cheguei não ouvi nada disso. Só vi esses duendes que tem pra vender em toda loja de souvernis


Depois de fazer um intercâmbio, pelo menos quem precisa trabalhar, e precisa da grana desse trabalho pra pagar aluguel e comer, nunca mais vai ver certas situações da mesma maneira. A gente nunca mais vai olhar da mesma forma pra um jornaleiro, uma garçonete, uma faxineira, um entregador de flyer. Porque esses são os empregos que a gente consegue por aqui, pelo menos a maioria de nós. E agora sabemos como é estar na pele de quem rala nessas profissões.
Eu, com certeza, nunca mais vou a um restaurante da mesma forma como ia antes. E nem é que eu fosse uma chata, exigindo isso e aquilo. Mas é que agora eu sei de detalhes do exercício da profissão, como o peso de uma bandeja, a pressa pra ajeitar o gelo nos copos, pra lavar os pratos. Sempre que eu ligar pra uma tele entrega vou me reportar ao balcão do Green Chilli, pra onde eu corro com as mãos ainda molhadas da pia quando escuto o telefone porque tem que atender o cliente o mais rápido possível. E agora eu entendo porque, as vezes, o refri chega morno, o pedido chega trocado... Agora esses errinhos são tão compreensíveis...





Um comentário:

  1. Oi Sabrina!
    Te descobri pelo Twitter trocando idéia com o professor Paulo Roberto Araújo. Sou jornalista também e atualmente estou trabalhando de au pair na Áustria. Estive na Irlanda (em Dublin) em outubro e vou de novo passar Natal e Ano-Novo com uns brasileiros que conheci. Enfim... Resolvi comentar esse post porque é bem verdade o que tu escreveste sobre ver esses trabalhos/profissões "menores" com outros olhos. Aqui na Áustria, tenho o meu trabalho oficial, de au pair, mas fiz bicos (ilegais) fazendo faxinas pra complementar a miséria que eu ganho. A gente se acostuma com nossa vida classe média no Brasil e tem esse tipo de trabalho como impensável, até resolver vir pra Europa hehe Mas faz parte. Aprendemos muito mais sobre nós mesmos e nossos próprios preconceitos (que a gente achava que não tinha). Certamente vamos voltar daqui vendo tudo com outros olhos.

    Boa sorte na tua busca por um novo emprego :)

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