sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IRA

O original Exército Republicano Irlandês (Irish Republican Army ou IRA) era um exército que durou até 1921, que lutava pela independência da Irlanda. Desde então, tem havido vários outros grupos que usam esse nome. Hoje existem o Provisional IRA e dois outros grupos menores que se dissiparam deste, o IRA continuidade e o Real IRA.

As atividades do IRA têm incluído bombardeios, assassinatos, sequestros, pancadaria, extorsão, contrabando e roubos. Antes do cessar fogo, em 1997, o grupo estava conduzindo campanhas de bombardeios em vários alvos no norte da Irlanda e na Inglaterra. A recusa do grupo em 2004 em permitir documentação fotográfica sobre o processo de demolição do armamento foi um obstáculo ao Acordo de Belfast (capital da Irlanda do Norte). Previamente o grupo havia se desfeito de armas leves, médias e pesadas, munição e explosivos em três etapas. No entanto, acredita-se que o IRA ainda mantém atividades paramilitares.

A extensão criminal das atividades do grupo reportadas provê o IRA e o partido político Sinn Fein com milhões de dólares por ano. Em 2004 o IRA esteve implicado em dois significantes roubos, um envolvendo quase 50 milhões. No passado, o IRA recebeu apoio de uma variedade de países, como treinamento militar e armas da Líbia. Semelhanças nas operações sugerem conexões com o ETA (grupo terrorista da Espanha) e as FARC (da Colômbia). Em agosto de 2002, três possíveis membros do IRA foram presos na Colômbia acusados de conduzir atividades com explosivos”.
(texto adaptado de um que usamos na aula)

A gente aprende pro vestibular que a desavença entre República da Irlanda e Irlanda do Norte tem uma motivação religiosa, já que a República da Irlanda é católica e resistiu à dominação inglesa, enquanto à Irlanda do Norte é protestante e apoia a Rainha. Mas no fim é uma questão muito mais política do que religiosa. Diz o meu professor que os melhores cargos, os melhores empregos, os melhores salários eram sempre pros protestantes. E isso gerou anos de descontentamento entre os católicos do sul, Daí o surgimento de grupos guerrilheiros paramilitares com o objetivo de expulsar a dominação britânica e fazer retaliação frente aos protestantes do norte.

Uma outra professora da escola disse que ainda hoje rola um estresse entre os irlandeses do sul e do norte. Mas dizem também que Belfast é linda e que não dá pra deixar de conhecer. Quero muito ir pra lá.

Mas a religiosidade tá presente em toda Irlanda. Aqui em Dublin deve ter pelo menos uma igreja a cada quarteirão. Usar as igrejas como ponto de referência pra achar algum lugar pode ser um convite a se perder, a menos que você saiba o nome delas certinho. Tem duas coisas que não dá pra sair daqui sem fazer: beber uma guiness e entrar em pelo menos uma igreja.

E a maioria das escolas ainda mantém o regime de “apharteid” entre meninos e meninas. E tem também os uniformes, que já comentei aqui.

Essa semana tá começando um friozão. Quase zero grau. Tipo o nosso inverno rigoroso de Santa Maria, e ainda é só o outono. Dentro de casa a gente tá com os aquecedores ligados. E hoje veio uma chuva que molhou a calçada agora há pouco, porque normalmente a chuva é só uma garoa pulverizando a cidade. Agora estamos aqui no ap 25 da Egali eu, a Sabrina, o casal Hudson e Karyne e a Marcela. As gurias estão fazendo uma galinha escabelada e eu tô descansando que fiz faxina de tarde.

Voltar depois das 11 da noite do restaurante dá um medão quando passo por algumas ruas meio desertas, mas a paisagem compensa. A imagem das igrejas antigas, dos prédios de pedras sob a névoa da geada é pra ficar na lembrança forever.


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